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EDDIE BLAZE RECOMENDA - BLADES OF STEEL

A força do Heavy Metal clássico com identidade própria

EDDIE BLAZE RECOMENDA - BLADES OF STEEL
Eddie Blaze recomenda



Mente quem diz que o Heavy Metal não tem influências de outros tantos gêneros musicais — e por que não, influências regionalistas? O Metal, como qualquer manifestação cultural viva, bebe de muitas fontes. Mas é fato também que, mesmo com todas essas influências, toda banda busca impor sua própria identidade ao som que faz. E, pessoalmente, gosto quando há variações, toques de algo diferente do “mais do mesmo”.

A banda Blades of Steel é exatamente isso: Heavy Metal com cara de anos 80, com influências claras na sonoridade, mas carregando uma identidade própria. E isso fica evidente logo de cara no primeiro álbum autointitulado, lançado recentemente. A proposta é clara: mostrar que o HEAVY METAL nunca morrerá e que a chama seguirá acesa!

O disco traz pitadas de Warlock, Iron Maiden, Manowar, tudo com a pegada única da banda. A vocalista Yara Haag comanda com um vocal espetacular, potente e expressivo. Completam essa tropa de guerreiros do metal os guitarristas Jonas Soares e Rafael Romanelli, o baixista Bil Martins e o baterista Bruno Carbonato — uma formação coesa, que entrega peso, técnica e emoção.



A arte da capa, feita pelo próprio Rafael, que além de guitarrista é ilustrador, designer e tatuador (pensam que é fácil ser músico?), já chama atenção de cara. A imagem traduz bem as letras das músicas, que falam de batalhas, resistência, superação e coragem.

Logo na abertura, a faixa "Blades of Steel" energiza com um riff poderoso e refrão marcante. Não seria surpresa se se tornasse um hino da banda! Já imagino o público nos shows gritando em uníssono:

BLADES OF STEEL! BLADES OF STEEL! 

Com os punhos erguidos, como manda o bom e velho Metal.



Depois de cinco petardos pesados, a banda nos apresenta "A Heart in the Dark", uma balada poderosa, perfeita para dar aquela respirada e abrir uma breja. A música conduz o ouvinte por uma jornada emocional de sofrimento, solidão e luta interna contra a escuridão. Uma verdadeira ode à resiliência e à esperança diante das adversidades.

A sonoridade da faixa mescla o peso do Heavy Metal tradicional com passagens melódicas intensas, criando uma atmosfera introspectiva que combina perfeitamente com a letra. O vocal de Yara transmite emoção e vulnerabilidade, elevando ainda mais a força da composição.

Na sequência, voltamos à pegada mais rápida e “bateção de cabeça” com "Iron Hands", uma música com nuances de Hard Rock, sem perder a raiz do Heavy Metal. Aqui, percebi uma levada mais “dançante” — no bom sentido! Um estilo que começa a surgir com mais frequência: Metal com ritmo contagiante, sem perder o peso e a essência. Claro que, no caso de "Iron Hands", o foco ainda é o som direto e afiado do Metal tradicional, mas vale o comentário.

O álbum é completo e altamente indicado para quem ama o Heavy Metal oitentista ou tradicional. Para quem gosta das cavalgadas à la Maiden, dos vocais femininos poderosos, e da sincronia perfeita entre guitarras, baixo e bateria. Tudo isso envolto em letras bem escritas, produção caprichada e um toque moderno, sem soar enjoativo ou repetitivo.



Desejo muito sucesso a essa banda promissora — que venham outros petardos!



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