Metal World Entrevista: HOT FOXXY
🔥 Com atitude feroz, riffs incendiários e uma presença de palco que hipnotiza, a Hot Foxxy é a prova viva de que o hard rock nacional pulsa com força e autenticidade! Comandada pela poderosa voz de Amanda, a banda mistura glam, sleaze e pegadas modernas num coquetel explosivo que resgata o espírito rebelde do rock com identidade própria. Se você ainda não foi mordido pela raposa, prepare-se: a Hot Foxxy veio pra dominar seus ouvidos — e o palco! 🎸🖤

Prepare-se para riffs afiados, atitude lá em cima e muito rock'n'roll! A Metal World Web Radio traz uma entrevista exclusiva com a vocalista Amanda, da explosiva banda Hot Foxxy, que vem conquistando o underground com seu som visceral e cheio de personalidade!
Com influências que vão do sleaze e glam dos anos 80 ao peso moderno do hard rock, a Hot Foxxy é daquelas bandas que nascem pra incendiar os palcos e os ouvidos. E se você ainda não conhece, esta é a chance perfeita de mergulhar no universo cheio de energia dessa verdadeira raposa do rock!
A Hot Foxxy surgiu em 2013 em Curitiba, com uma proposta muito clara de resgatar oespírito do hard rock oitentista. Como foi o começo da banda? Quais foram os primeiros desafios?
Eder: Em meados de 2013 eu conheci o Betão. Compartilhamos a mesma intenção de formar uma banda de Hard Rock com uma pegada anos 80. Em dezembro de 2013, realizamos nosso primeiro ensaio com 4 integrantes e, no início de 2014, incluímos um guitarrista solo. Os primeiros desafios foram criar um setlist, ensaiar e conseguir um local para tocar.
Betão: Montar uma banda de Hard Rock era um sonho antigo. Já estava em Curitiba, vindo de São Paulo, quando conheci o Eder através de uma amiga em comum. Bastou algumas conversas e, no final de 2013, o sonho virou realidade: agora são 11 anos de estrada até aqui!
O repertório de vocês tem um forte apelo melódico e energético. Quais bandasinfluenciaram a identidade musical da Hot Foxxy?
Eder: Acho que no DNA da banda tem Van Halen, Scorpions, Whitesnake, Poison, Kiss, Ratt. Algumas influências que remetem aos anos 80 e que passam a energia daquele período.
Betão: Skid Row, Dokken, Firehouse fazem parte dessa influência também.
Vocês já têm músicas marcantes como “Redhead Rocker” e “Tattooed Girl in Black”. Como foi o processo criativo dessas faixas e qual delas vocês consideram um divisor de águas na carreira?
Eder: "Tattooed" foi o nome dado ao nosso primeiro EP. Com 4 músicas, foram nossas primeiras composições. "Redhead Rocker" foi o primeiro single do nosso full-lenght, no qual tem um videoclipe que foi o primeiro da banda. Ambas foram parte da evolução musical da banda por um período muito produtivo, portanto, temos um carinho especial pelas duas.
Em 2023, a Amanda Misturini entrou como vocalista principal. Como foi esse processo de integração e o que ela trouxe de novo para a banda?
Eder: Foi um processo que fluiu naturalmente. Após um ensaio ela mostrou para o que veio, assim como o Robson. A química fluiu entre os 5. E a partir de então fomos ensaiando elaborando nosso setlist e o resto é história hehe…
Ismail: Após um longo período de atividades paralisadas, a necessidade maior da banda foi a reconstrução do seu cast com pessoas talentosas e dispostas a fazer a roda girar. Fundamental citar a cronologia, pois a entrada do Robson foi um dos combustíveis para a procura da figura vocal e tivemos a sorte de encontrar a Amanda, que embora seja muito jovem, tem muito conhecimento, talento e disposição para fazer o trabalho vingar. Além disso, o apadrinhamento do Marco D'Larcerda, que levou por anos o posto de vocalista da banda. A facilidade e a química que os 5 possuem juntos, facilitaram a adaptação da Amanda para com a banda, assim como da banda para com um vocal feminino. Resultados estão surgindo e logo teremos nossos trabalhos com a formação nova para comprovar.
Betão: A Amanda deu nova energia e motivação para darmos sequência, já tínhamos o Robson no time e ela chegou para fechar o grupo. Foi um processo...
Robson: A Amanda trouxe bastante energia e uma presença de palco marcante, que é fundamental para uma banda com a proposta da Hot Foxxy. Isso sem falar, obviamente, da qualidade técnica no vocal, que já se destaca nas apresentações ao vivo. Do ponto de vista de divulgação da banda, a presença da Amanda também é importante por ser uma pessoa que está muito habituada com algumas mídias que são muito importantes hoje, particularmente redes sociais nas quais ela se mantém bastante ativa e influente em relação à sua base de seguidores.
"It Hurts" é o primeiro registro dessa nova fase. O que os fãs podem esperar dessa música? Há planos para um novo EP ou álbum completo?
Eder: "It Hurts" é uma “antiga-nova” música. Talvez a música que todos que passaram pela HF tocaram ao longo destes anos. Foi composta há muitos anos, mas está com uma roupagem
diferente agora. Então, ela marca o fim e, ao mesmo tempo, o início de um novo ciclo, uma nova formação e o começo do novo álbum que está em fase de composição e ensaios…
Ismail: "It Hurts" será o fechamento de um ciclo pois foi composta pela formação antiga da banda, porém está repaginada e com as novas contribuições de novos músicos. Será um excelente trabalho, trazendo uma abordagem A.O.R com a mistura de elementos variados dentro do Hard rock oitentista. O destaque fica para a interpretação vocal da Amanda que caiu muito bem para essa música, além da instrumental que está remetendo aos anos 80, além da produção impecável e detalhista que coube ao nosso amigo produtor Arthur Migotto, do
Heavytron Studio.
Robson: Os fãs podem esperar um petardo hard rock muito direto, com os elementos que são típicos do gênero (riffs marcantes, vocais performáticos e uma temática que diz respeito às
dores de uma paixão que se foi). Esta música marca o primeiro registro oficial com os vocais da Amanda e as minhas linhas de guitarra solo, sendo o ponto de partida para o novo álbum
que está sendo construído e deve ser lançado em breve.
Amanda: Essa música será a primeira da banda comigo no vocal e com o Robson nas guitarras. Fizemos algumas pequenas alterações nela para que, de fato, esse novo ciclo seja marcado
como uma renovação de ideias, conceitos e sonoridade. Os fãs podem esperar um single com a pegada oitentista forte, a ambiência do AOR presente também e sim, temos planos para o álbum completo ser lançado no final desse ano ou início de 2026. Estamos trabalhando para que ele seja feito com muito carinho e com todo o cuidado que merece.
Como vocês veem a atual cena do hard rock no Brasil? Há espaço para esse estilo nas rádios, festivais e entre os jovens?
Ismail: O Brasil sempre foi um grande "fabricante " de boas bandas, dentro da cena Hard Rock não seria diferente. Tanto em Curitiba quanto no Brasil, o movimento tem crescido e se mantido com o decorrer dos anos. É um movimento resistente e poderoso, porém o pós-pandemia trouxe muita inspiração e muita novidade para o movimento. Podemos também citar o
aumento da presença feminina dentro do movimento, tanto no público quanto integrando bandas, isso renova totalmente a cena, além de trazer à vista grandes trabalhos. Onde encontrávamos maioria masculina, hoje temos um equilíbrio e que felizmente nos traz grandes resultados.
Amanda: Existem muitas bandas realmente boas surgindo, todas tentando seu espaço na cena de alguma forma. Nas rádios e festivais eu percebo que ainda falta maior representatividade de som autoral e verdadeiro interesse do público em consumir trabalhos de bandas novas, por isso a importância do apoio do público e produtores em eventos independentes que fomentam a visibilidade desses artistas. Além de um fator muito importante também que é a adaptação da comunicação das bandas com o linguajar jovem das redes sociais, eu trabalho com o marketing musical nas redes e cada vez mais os conteúdos, mesmo sendo consumidos cada vez mais rápidos, a comunicação se adaptou para o formato de consumo deles e isso é necessário para os artistas independentes prestarem atenção, se querem conquistar seu espaço nesse meio também.
A Hot Foxxy tem um visual bem marcante, algo que também remete aos tempos de ouro do glam metal. Vocês consideram a estética uma parte essencial da experiência da banda?
Robson: A estética é algo a ser valorizado, já nos disseram várias pessoas próximas à banda e muito influentes no cenário hard rock, tais como o Rod Marenna. A ideia é, de fato, parecer com uma banda de hard rock, pois o visual é parte importante do espetáculo e complementar à música.
Amanda: Sem sombra de dúvidas. Um dos pilares que, para mim, é imprescindível para uma banda hoje é o visual. O palco, para uma banda, é como estar em um teatro musical. Existem bandas que os integrantes vestem apenas uma camiseta, bermuda, all star e está ótimo, mas se tratando de um movimento oitentista com muito exagero, brilho, couro, acessórios, é exatamente isso que eu sempre trago em meus figurinos quando subo ao palco com a Hot Foxxy. Na verdade, dentro e fora do palco eu busco me vestir assim para não ser apenas um personagem que usa isso apenas em show, eu procuro usar o tempo todo pois isso realmente faz parte de quem eu sou e do meu estilo de vida. Os fãs, além de quererem ver performance (que é o básico bem feito), o visual supera as expectativas e torna o show visualmente muito mais atrativo e convidativo a quem ainda não conhece, poder apreciar a apresentação com real interesse em conhecer mais.
Amanda, como foi o seu primeiro contato com a Hot Foxxy? Conta umpouco da sua trajetória até chegar à banda e como tem sido essa nova fase pra você.
Amanda: Eu canto profissionalmente desde 2018, quando decidi focar nas aulas de técnica vocal com professoras renomadas da cidade. Em 2022, comecei a participar de show de calouros que eram realizados no Sheridan's Pub apenas como brincadeira, mas eu sempre levei a sério. Com essas participações que eu fazia, cheguei a ganhar o 1º lugar na competição e isso também chamou a atenção do Betão através dos vídeos que eu publicava no Instagram. Final de 2023, certo dia que eu estava na mesma casa de shows que ele trabalha, me chamou para conversar e perguntou se eu estava cantando, respondi que sim e ele contou que estava com a ideia de retornar com a banda autoral que estava em hiato desde começo de 2022, me convidou para fazer um teste como vocalista e eu aceitei muito feliz, pois se desse certo mesmo, seria a minha primeira banda da vida e ainda com som próprio, então aceitei o convite, marcamos o ensaio e todos adoraram minha performance. Até o próprio vocalista anterior, o Marco, esteve presente neste ensaio e me deu um feedback muito positivo sobre meu vocal,
dizendo que minha voz tinha um brilho muito bonito nas músicas e que encaixou muito bem. Fiquei feliz com o comentário e mantive a esperança de ser aceita na banda. Alguns dias depois, o Betão me convidou para entrar na banda e eu aceitei. A partir daí, o resto é história. Fizemos o primeiro show da nova formação em abril de 2024 com outras bandas da cidade para um público mais reservado e foi um momento muito especial para mim, meu primeiro show como vocalista de uma banda de verdade. Desde então, abrimos para o Picture, fizemos alguns shows na cidade, em Ponta Grossa, Campo Largo e a meta é concluir o novo single, o novo álbum e fazer shows pelos estados próximos como São Paulo, Santa Catarina e o
próprio Paraná.
A escolha da Amanda como vocalista marcou uma nova etapa na história da Hot Foxxy. O que vocês viram nela que se encaixava com a proposta da banda e como foi esse processo de decisão?
Eder: A Amanda trouxe um visual, uma performance e uma voz incontestáveis. Junto com a jovialidade, já que somos um pouco mais velhos. Então deu um combustível a mais para a banda. E o poder das mulheres e que elas podem sair por aí deixando a sua marca! E é o que está acontecendo. A Hot Foxxy está vindo por aí com tudo. Aguardem o novo single, vai surpreender.
Se vocês pudessem montar um show dos sonhos com três bandas (vivas ou não) no line-up junto com vocês, quais seriam?
Eder: Van Halen, Survivor e Thin Lizzy.
Betão: Vain, Firehouse..
Amanda: Vixen, Icon, Dokken
Qual cover mais inusitado vocês gostariam de tocar ao vivo — só pela diversão ou pela ousadia?
Eder: Steelhouse Lane - Metallic Blue
Amanda: Still of the Night - Whitesnake
Que honra poder entrevistar uma banda que eu virei fã, justamente pelo resgate, não só musical, mas ... o estilo oitentista do hard, glam rock!
Meus agradecimentos à Amanda, Eder, Betão, Robson, Ismael... E acompanhem a banda nas redes sociais:
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